18 de junho de 2011

Ricardo Coutinho firma compromisso com ministro para obras hídricas na Paraíba


           O Governo do Estado e o Ministério da Integração Nacional dão início a projetos para construção de obras no valor de mais de R$ 1 bilhão quer vão mudar a realidade hídrica e econômica do Estado da Paraíba. Em solenidade na tarde desta sexta-feira (17), no Palácio da Redenção, o governador Ricardo Coutinho e o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, assinaram o Protocolo de Intenções para a construção da nova Barragem de Camará, de Pitombeiras e adutoras no valor de R$ 82,5 milhões, e o Termo de Compromisso para execução do Projeto Executivo para construção do Eixo de Integração das águas do São Francisco, levando as águas da barragem de Acauã a Araçagi, no valor de R$ 31 milhões. A integração das Vertentes Litorâneas custará R$ 980 milhões e beneficiará cerca de 60% da população do Estado.


           O governador Ricardo Coutinho disse que a construção de Nova Camará, Pitombeiras (Alagoa Grande) e o sistema adutor significará a solução do problema do abastecimento de água em 21 cidades do Brejo e do Compartimento da Borborema, algo extremamente importante para mais de 175 mil habitantes. “Cinco meses é pouco tempo para iniciarmos esse projeto, que vai acabar definitivamente com a falta de água no Brejo. Mas sete anos é muito tempo para a solução de um problema vivido pela população de Alagoa Grande desde o rompimento da Barragem de Camará”, destacou o governador.

           Ricardo agradeceu o apoio do Ministério da Integração e do Planejamento em relação aos pleitos da Paraíba, como a substituição da barragem de Manguape pela barragem de Nova Camará, Pitombeira e Adutoras e a integração das águas do Rio São Francisco. Ele reforçou que a integração das bacias do Rio São Francisco com as bacias do Nordeste Setentrional, levando as águas de Acauã a Araçagi, vai mudar o perfil econômico de uma região que já foi a mais próspera do Estado, mas perdeu muito dessa força ao longo do tempo.

           “Através dessas seis barragens que estarão distribuídas ao longo desses 128 km de canal, haveremos de devolver 15 mil hectares de agricultura irrigável, criando um ambiente favorável para a bovinocultura e para o desenvolvimento de ações de emprego e renda. Para se ter ideia do impacto disso, só temos hoje 2 mil hectares de área agricultável na Paraíba”, explicou Ricardo.

           O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, afirmou que a obra das Vertentes Litorâneas, que está no PAC 2, é a maior da história da Paraíba e será celebrado ainda este ano, assim que o projeto executivo for finalizado. “É um investimento de R$ 1 bilhão que levará a água do Rio São Francisco para dezenas de cidades da Paraíba. É uma prova que o governo Federal está sensível aos pleitos da Paraíba e por mais de 16 milhões da população pobre do país, onde nove milhões vivem na região do semi-árido nordestino”, lembrou o ministro.

Fernando Bezerra lamentou que por conta das chuvas não pôde pousar em Campina Grande e anunciar as obras na cidade de Esperança, mas prometeu que visitará a cidade para dar a Ordem de Serviço para o início da obra e depois para inaugurá-la. “Minha visita é a demonstração de que agora chegou a hora da Paraíba. Esse Estado vai se acostumar a ver um pernambucano vir várias vezes aqui para beber da inteligência desse povo e trazer boas notícias para a Paraíba”, disse o ministro, que é natural de Petrolina – PE.

           Para o projeto Executivo das Vertentes Litorâneas, o recurso destinado é da ordem de R$ 16,34 milhões para a construção do canal e R$ 14,7 milhões para as adutoras. O secretário de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Ciência e Tecnologia, João Azevedo, disse que a obra vem sendo planejada desde 2006 e só agora sai do papel devido ao empenho da equipe deste Governo.

           “Digo sem medo de errar que essa é a maior obra da Paraíba nos últimos 30 anos. Esse projeto faz parte da sustentabilidade hídrica das bacias dos rios Paraíba, Gurinhém, Miriri, São Salvador, Mamanguape, Araçagi e Camaratuba, localizados nas regiões do Agreste e Litoral. Com a integração dessas bacias, mais de 176 mil habitantes dos municípios de Itatuba, Ingá, Mogeiro, Itabaiana, São José dos Ramos, Sobrado, Riachão do Poço, Sapé, Mari, Cuité de Mamanguape, Araçagi, Itapororoca e Curral de Cima serão beneficiados”, informou João Azevedo.

Maturéia1
Fonte:PB.com.br